Não foi amor à primeira vista. Nem a segunda, nem
terceira. Na verdade eu nem me lembro de quando aconteceu, só sei que agora já
não da pra esquecer assim tão fácil. Você foi me ganhando de uma forma tão imperceptível.
Lenta e gradativamente. E eu não te culpo, você é do jeito que é, e eu permiti.
Mas essa falta de contato incomoda viu. Eu não te vejo e te quero, talvez queira
até mais. Não falo com você e penso o tempo todo. Pelos outros eu vou sabendo
como vai sua vida. Nada de nós, pelo menos não aqui do lado de fora, por que
dentro de mim... A dentro de mim é só você. Sem mais.
Vez ou outra me flagro com uma vontade absurda de você,
dessas que da vontade de ligar e marcar, se não imediatamente, de matar a
saudade. De te olhar por demorados segundos e me perder em seus braços. De não
falar nada, e entender tudo. De ser sua e você meu. Completamente.
É uma pena que tudo isso fique só por aqui, perdido entre
outras tantas anotações quaisquer. Confinadas com a vontade e outros rabiscos
sobre você. Será que algum dia você deixou escapar algum pensamento bonito
sobre mim? Fantasia de mais? Talvez. Aliás, a apaixonada dessa história sou eu.
E eu me sinto como se eu fosse um livro que você não se interessasse nunca em
ler. Mas eu continuo aqui rezando todas as noites pra que você me chame de
"minha", é só isso que falta, por que sua eu já sou. Inteiramente.
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