O telefone toca. Era ela. Já se passavam das 10 da manhã e minha cabeça doía muito. Minha mãe está batendo na porta do quarto, me chamando, dizendo que ela estava lá em baixo, me esperando.
- Ok, você já fez isso antes cara, nada mudou, só agir
normal, tentava me dizer isso ao mesmo tempo em que colocava uma roupa. Mas
estava difícil acordar de ressaca e testar meus dotes de ator, simultaneamente.
Finalmente estava descendo. E enquanto fazia isso a observa.
E estranhamente me bateu algo parecido com arrependimento, mas eu sei que não
era só isso, pois se aquela noite se repetisse hoje, eu estaria pronto para
aproveitá-la. Ignorei o que estava sentindo, desci e beijei a minha amada.
- Eu já disse que adoro seu cheiro? Disse a ela. E era verdade, era como um pecado disfarçado de doçura.
-Já sim amor, e eu adoro você, ela disse tocando minha nuca
- ela sempre soube desse meu ponto
fraco. E nos beijamos.
Seus olhos brilhantes me diziam que já tínhamos planos para aquele dia. De certa forma isso era bom, melhor do que passar o dia perdido na minha mente conflitante. Fomos. Ela falou durante todo o percurso, bastante. E eu fiquei quieto, ouvindo, manifestava-me apenas quando era estimulado a isso, mas ela não percebeu.
A observava e via o quanto aquilo para ela era bom, suficiente. E claro, me sentia culpado, não por não gostar dela, sinceramente eu gostava, e muito, e era exatamente isso. Resolvi me esforçar um pouco, correspondendo ao seu entusiasmo. Foi quando eu a via. Não a minha, mas aquela garota, a da noite passada. E todo meu entusiasmo canalizou-se ao meu olhar lançado a ela. E como se atraiada por ele, ela me encontrou, sem demonstrar grandes emoções. Alias, eu estava abraçado intimamente com outra, não a outra da historia, por que essa era ela, mas com a minha garota. Sorte a minha esta, não ter uma percepção tão aguçada.
Desviei o olhar, e olhei para aquela que estava a minha frente, me abraçando forte, ainda estava com o mesmo olhar intenso com que olhava para a outra, e isso fez a minha garota me beijar, eu não podia lhe negar aquele beijo, correspondi, com os meus pensamentos tão distante quanto ela estava próxima a mim.
Voltei o meu olhar para o mesmo lugar, onde ela estava, ou era para estar. Desta vez foi perceptível o meu desapontamento. Mas o que eu queria? Ela nos viu. Se eu ao menos pudesse me explicar, ou ao menos soubesse como fazer isso. Sugeri que fôssemos embora, disse que estava cansado, o que não era mentira. Ela resistiu, mas logo ficou chateada e concordou que eu a deixasse em casa. Eu não me preocupei em pedir desculpas, não estava pensando nisso, havia algo mais sério em risco do que seu humor naquele momento.
A deixei, e como um beijo rápido me despedi. Voltei ao mesmo lugar, ao parque. Queria uma pista, e quem sabe até um chance de a ver novamente e poder conversar. Sem sucesso. Quem é esta garota, o que ela fez comigo? Eram esse tipo de perguntas que invadiam a minha cabeça, que já não estava tão perturbada que não pudesse ficar mais. Passaram-se horas, e eu permaneci ali, no mesmo lugar. Já estava escuro, menos da metade das poucas pessoas que se encontravam ali desde cedo ainda estavam lá, mas eu não queria ir, queria pensar em um jeito de me resolver.
Alguém sentou do meu lado, e antes que eu dispensasse qualquer companhia eu a reconheci, era ela mesmo, a garota da noite passada. Não que eu esperasse que ela dissesse algo primeiro, mas é que não conseguir dizer.
Seus olhos brilhantes me diziam que já tínhamos planos para aquele dia. De certa forma isso era bom, melhor do que passar o dia perdido na minha mente conflitante. Fomos. Ela falou durante todo o percurso, bastante. E eu fiquei quieto, ouvindo, manifestava-me apenas quando era estimulado a isso, mas ela não percebeu.
A observava e via o quanto aquilo para ela era bom, suficiente. E claro, me sentia culpado, não por não gostar dela, sinceramente eu gostava, e muito, e era exatamente isso. Resolvi me esforçar um pouco, correspondendo ao seu entusiasmo. Foi quando eu a via. Não a minha, mas aquela garota, a da noite passada. E todo meu entusiasmo canalizou-se ao meu olhar lançado a ela. E como se atraiada por ele, ela me encontrou, sem demonstrar grandes emoções. Alias, eu estava abraçado intimamente com outra, não a outra da historia, por que essa era ela, mas com a minha garota. Sorte a minha esta, não ter uma percepção tão aguçada.
Desviei o olhar, e olhei para aquela que estava a minha frente, me abraçando forte, ainda estava com o mesmo olhar intenso com que olhava para a outra, e isso fez a minha garota me beijar, eu não podia lhe negar aquele beijo, correspondi, com os meus pensamentos tão distante quanto ela estava próxima a mim.
Voltei o meu olhar para o mesmo lugar, onde ela estava, ou era para estar. Desta vez foi perceptível o meu desapontamento. Mas o que eu queria? Ela nos viu. Se eu ao menos pudesse me explicar, ou ao menos soubesse como fazer isso. Sugeri que fôssemos embora, disse que estava cansado, o que não era mentira. Ela resistiu, mas logo ficou chateada e concordou que eu a deixasse em casa. Eu não me preocupei em pedir desculpas, não estava pensando nisso, havia algo mais sério em risco do que seu humor naquele momento.
A deixei, e como um beijo rápido me despedi. Voltei ao mesmo lugar, ao parque. Queria uma pista, e quem sabe até um chance de a ver novamente e poder conversar. Sem sucesso. Quem é esta garota, o que ela fez comigo? Eram esse tipo de perguntas que invadiam a minha cabeça, que já não estava tão perturbada que não pudesse ficar mais. Passaram-se horas, e eu permaneci ali, no mesmo lugar. Já estava escuro, menos da metade das poucas pessoas que se encontravam ali desde cedo ainda estavam lá, mas eu não queria ir, queria pensar em um jeito de me resolver.
Alguém sentou do meu lado, e antes que eu dispensasse qualquer companhia eu a reconheci, era ela mesmo, a garota da noite passada. Não que eu esperasse que ela dissesse algo primeiro, mas é que não conseguir dizer.
-Ah claro, você pode explicar,sorte sua que eu tenho tempo.